Leiam o texto a seguir:
FUNDAÇÃO DE APOIO À PESQUISA AGRÍCOLA COMPLETA 25 ANOS DE SUPORTE
AOS PROJETOS DE PESQUISA DESENVOLVIDOS PELA APTA [1]
O Instituto Agronômico (IAC) da Secretaria de Agricultura e
Abastecimento do Estado de São Paulo, recebeu em Campinas, no último
dia 13, evento para comemorar mais um ano de vida da Fundação de Apoio
à Pesquisa Agrícola (Fundag). O workshop “Fundag 25 Anos: Soluções
e Alternativas para Pesquisa e Inovação no Agronegócio” contou com
a presença do secretário-adjunto, Rubens Rizek, e reuniu pesquisadores
e diretores dos institutos de pesquisa da Agência Paulista de
Tecnologia dos Agronegócios (Apta), que fizeram palestra sobre a
importância da entidade para a viabilização das parcerias com a
iniciativa privada.
A história da Fundag é ligada ao IAC. Quando fundada, seu nome,
inclusive era Fundação IAC. Ao longo dos anos, abriu seu leque de
atividade e já participou de mais de 1.900 projetos – apoia,
atualmente, cerca de 30 instituições de pesquisa e inovação
tecnológica. “O papel da Fundag é dar suporte as instituições de
pesquisa, estreitar as relações entre os institutos e a iniciativa
privada para o desenvolvimento de novas tecnologias e inovações”,
afirmou Orivaldo Brunini, pesquisador do IAC e diretor-presidente da
Fundação.
De 2010 a 2015, 539 projetos de pesquisa dos institutos e polos
regionais de pesquisa ligados à Apta foram desenvolvidos em conjunto
com a Fundag. Isso representa 76% de todos os projetos da Agência
realizados com fundações de pesquisa. De acordo com Orlando Melo de
Castro, coordenador da Apta, no biênio 2014-2015, o orçamento foi de
R$ 616,4 milhões, sendo 75% desses recursos oriundos do Governo do
Estado, 17,6% da iniciativa privada, 4,2% das agências de fomento
estaduais e federais e 3,2% do Fundo Especial de Defesa.
O secretário-adjunto, Rubens Rizek, ressaltou a porcentagem privada no
orçamento da Agência e falou sobre a importância desses
investimentos, destacando o financiamento de pesquisa no exterior, em
que 1/3 do recurso é oriundo do governo, 1/3 de fomento e 1/3 da
iniciativa privada. “Fazer pesquisa é caro e ficará cada vez mais
caro, precisamos do apoio privado, pois o orçamento governamental
também é comprometido com outras áreas, como saúde, educação e
segurança. Todos nós sabemos da importância da pesquisa científica,
principalmente a agropecuária, que alimenta as pessoas, mas precisamos
diversificar os recursos para compor o orçamento”, explicou.
De acordo com Rizek, a meta é ter 30% de participação privada.
“Iniciativas como o Marco Legal da Ciência e Tecnologia, a
Resolução nº 12 assinada pela Secretaria de Agricultura e a criação
dos Núcleos de Inovação Tecnológica (NIT), também pela SAA,
facilitarão a busca por recursos e trarão mais agilidade aos projetos
com a iniciativa privada”, afirmou.
“Temos um dos maiores índices de participação privada em nosso
orçamento, o que mostra a aplicabilidade de nossos projetos de pesquisa
e a credibilidade de nossas instituições junto ao setor produtivo. O
trabalho em parceria com a iniciativa privada é muito importante para
nós, pois nesses projetos temos o compromisso com os resultados,
diferentemente dos projetos com recursos estaduais, em que precisamos
mostrar muito mais como aplicamos o recurso do que os resultados que
alcançamos”, afirmou Castro.
INTERAÇÃO
Durante o workshop, diretores de institutos e de centros de pesquisa
ligados à Apta falaram sobre os projetos desenvolvidos em parceria com
a Fundag. O diretor-geral do IAC, Sérgio Augusto Morais Carbonell,
mostrou a importância na Fundação para a viabilização de parcerias
com a iniciativa privada e para contratação de pessoal.
De acordo com Carbonell, cerca de 30% dos recursos do IAC são oriundos
da iniciativa privada e mantidos pela Fundag em 196 projetos de
pesquisa. “A Fundag não nos auxilia apenas na questão de recurso
financeiro, mas também em recursos humanos. Os contratados via
Fundação representam 25% do nosso quadro de servidores”, disse
Carbonell.
O pesquisador e diretor do Centro de Cana IAC, Marcos Guimarães de
Andrade Landell, o pesquisador e diretor do Centro de Citricultura IAC,
Marcos Antonio Machado, e o pesquisador do instituto, José Alberto
Caram de Souza Dias, apresentaram exemplos de projetos desenvolvidos
pela Fundag com os programas Citros, Cana e Batata do Instituto
Agronômico.
O diretor-geral do Instituto Biológico (IB), Antonio Batista Filho,
também apresentou exemplos de projetos do IB como as pesquisas em
sanidade avícola, assessoramento de biofábricas, monitoramento de
resíduos de alimentos, pragas urbanas, inauguração de laboratórios e
programas de transferência de tecnologia, como o Programa de Sanidade
em Agricultura Familiar (Prosaf) e o Planeta Inseto. “É de interesse
institucional a relação com as fundações de pesquisa. Sem elas,
perderíamos recursos financeiros e humanos”, afirmou.
Também ministrou palestra no evento o diretor do Fundo de Defesa da
Citricultura (Fundecitrus), Antonio Juliano Ayres, sobre a visão
empresarial da gestão público/privada e inovação.
DESAFIOS DO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO
O presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa),
Mauricio Antonio Lopes, também participou do evento e falou sobre a
aliança para inovação agropecuária no Brasil. Ele disse que a
Embrapa tem discutido há dois anos com as instituições de pesquisa o
futuro complexo do setor agropecuário. “Temos o desafio de
intensificar a produção, produzir com mais qualidade e menos impacto e
fornecer alimento para um consumidor cada vez mais sofisticado e com
demandas diversificadas”, afirmou.
Rizek também falou sobre o desafio do aumento da produção de
alimentos para uma população cada vez maior e o papel de protagonista
do Brasil. “A FAO prevê um aumento de dois bilhões de pessoas nos
próximos 30 anos e a necessidade de aumentar em 70% a produção de
alimentos. O Brasil tem a responsabilidade de suprir de 30% a 40% essa
necessidade. Os cálculos da FAO apontam a necessidade de investir US$
44 bilhões de dólares em ciência e tecnologia para conseguirmos
atingir esta meta no mundo. Vejam as oportunidades que se abrem a nossas
instituições. Temos as ferramentas para captar esses recursos.
Precisamos arregaçar as mangas”, afirmou.
Por: Fernanda Domiciano
Mais informações
Assessoria de Comunicação
SECRETARIA DE AGRICULTURA E ABASTECIMENTO DO ESTADO DE SÃO PAULO
(11) 5067-0069
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